Senhor das Moscas - William Golding

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Informações Técnicas


Edição: 1
Editora: Alfaguara
Ano: 2014
Páginas: 224
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Olá pessoal,

A resenha de hoje é sobre um dos maiores clássicos da literatura inglesa, o livro O Senhor das Moscas, livro de estreia de William Golding, lançado originalmente em 1949 e relançado no Brasil pela nossa editora parceira Alfaguara.

O livro se passa durante a Segunda Guerra Mundial e conta a história de um grupo crianças que vai parar em uma ilha deserta depois da queda do avião onde elas estavam indo para uma viagem da escola. Espalhados no meio da mata, sem nenhum adulto que possa tomar conta delas, e assombrados pela ideia de que não haverá ninguém para resgatá-las, as crianças, que têm entre 6 e 13 anos, começam a tentar se organizar para que consigam sobreviver dentro da floresta. Para uma melhor organização, eles decidem eleger um líder, representado pela concha que ele tocou para unir a todos. No entanto, após um determinado evento, surge a lenda de que um monstro habita a montanha do local, causando terror e, consequentemente, a desordem da convivência. Alguns dos mais velhos começam a discordar com relação quem deve ser o líder: aquele que os faz trabalhar pensando sempre no resgate ou aquele que se entregou à selvageria da ilha e procura apenas diversão. A partir daí, o grupo se divide em duas facções rivais em constante luta, até que só uma reste.


Mesmo que a maioria das crianças nutra a esperança de um resgate da ilha, fica claro logo no início do livro que aqueles que sabiam do vôo morreram depois da explosão de uma bomba atômica, motivo que também teria ocasionado a queda do avião.

Antes de dizer qualquer coisa quero pedir desculpas pelo tamanho dessa resenha, sinceramente este livro pede um artigo próprio para descrevê-lo, mas como não é possível eu tentarei resumir ao máximo sem perder nenhum ponto importante. Peço também que levem a sério o tema, o livro em si deve ser lido com seriedade, a história pode ser protagonizada por crianças, mas isso não torna a história nem um pouco infantil, pelo contrário, só mostra como a idade não interfere na natureza primitiva do ser humano. 

O que é melhor – ter leis e acordos, ou caçar e matar?

Primeiramente, é perceptível a resistência inicial dos personagens a se entregarem à loucura, por causa da educação que receberam nos poucos anos de suas vidas. Educação, que no caso dos ingleses, é bastante estrita e severa, grupos de crianças com educação quase militar demonstram disciplina e ordem extremas inicialmente. Ao longo do tempo, a sensação de liberdade e impunidade começa a se espalhar entre todos, esses dois sentimentos reagem entre si, tendo como catalisador o uso de "máscaras" que ajudam a inibir seu senso de certo e errado, fazendo com que os jovens comecem a aceitar aquilo como sua realidade e busquem o que todo ser humano anseia internamente: poder. A sede de poder de alguns acaba por gerar conflitos internos, particularmente entre dois meninos mais tentados à liderança, a animosidade entre eles acaba por espalhar o sentimento de violência entre todos.


A diagramação do livro é muito linda. A capa ficou incrível e chama bastante atenção. Além disso, as folhas amarelas, a fonte e o tamanho da mesma facilitam muito a leitura do livro. O único problema é que o livro é dividido em apenas doze capítulos, o que deixa a leitura um pouco cansativa pelo fato dos capítulos serem bastante longos, no entanto, tal efeito é amenizado pela linguagem utilizada pelo autor. O livro é em terceira pessoa, com narrador observador, mas, por se tratarem de crianças, a linguagem utilizada é muito simples, sem diálogos muito complexos e confusos.

Resumindo, apesar do problema com o tamanho dos capítulos, a leitura do livro se torna bastante rápida pelo fato de ser simples.

Por fim, gostaria de agradecer ao Caio, que também leu o livro e me ajudou na montagem da resenha.

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4 comentários

  1. Maria Clara!
    Há muito quero ler esse livro pelo fato de se passar durante a guerra e porque me parece que o autor quis mostrar que mesmo em situações adversas, nosso lado mais sombria aflora. Quis mostra mais o lado psicológico de se conviver sem orientação e sem o comando de adultos e o que levam essas crianças a tomarem determinadas atitudes.
    Boa análise a sua ao lado do Caio.
    “A vida é maravilhosa se não se tem medo dela.”(Charles Chaplin)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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  2. eu não sabia que o livro tinha sido relançado no brasil.
    confesso que ele tá há muito tempo na minha lista, eu tenho uma lista só de clássicos, só falta coragem p ler. uma vez que o livro trata do lado mais primitivo (para não chamar de violento) do ser humano, sem falar que é um livro mais psicológico...

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  3. To looooouca para ler esse livro! <3
    Amo livros sobre guerras, preconceitos, escravidão, etc.
    E esse parece ser incrível! Além de ser bem desenvolvido, ainda tem crianças =) e deve ser bem forte, né?
    Afinal, olha a situação que elas vivem.
    Assim que der, quero muitoooo ler!
    bjooos

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  4. Oi Maria!
    Eu geralmente não costumo ler livros assim.
    Mas acho que é sempre bom sair da nossa zona de conforto as vezes. Então vou tentar ler este livro e saber minha opinião final sobre ele!
    Beijos querida!

    umlugarparaleresonhar.blogspot.com

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OBS. Primeiro de tudo, obrigada pela sua visita. Se você veio até aqui é porque passou por todo o post e tem algo a comentar. Prometo responder em breve.